Os Xenobots são microorganismos ou pequenas máquinas vivas que foram criados a partir de células-tronco embrionárias de um sapo africano. Essas máquinas têm a capacidade de se mover e sobreviver no ambiente por semanas, interagindo com células de acordo com funções pré-programadas. A característica notável dos Xenobots é que eles são uma combinação de partes máquina e partes biológicas, o que levou especialistas a considerá-los uma nova forma de vida.

A criação dos Xenobots envolve a programação das células-tronco para executar funções específicas, como locomoção e interação com outras células. Embora a replicação não fosse o objetivo principal do estudo, os pesquisadores descobriram a capacidade de programar os Xenobots, usando Inteligência Artificial, para comprimir células-tronco e misturar seu material genético, resultando na criação de uma nova célula, uma espécie de "prole" dos Xenobots.

No entanto, é importante notar que essas "proles" geralmente não sobrevivem por muito tempo após a concepção, o que impede a continuação do processo de replicação. Os pesquisadores estão interessados em entender as razões por trás dessa morte súbita, pois a capacidade de criar novas células e tecidos poderia ter implicações significativas em medicina regenerativa. Isso poderia ser aplicado no tratamento de lesões traumáticas, defeitos congênitos, câncer e envelhecimento, se fosse possível aprimorar o processo de replicação das células geradas pelos Xenobots.

Essa pesquisa representa uma área fascinante e em desenvolvimento que combina biologia, engenharia e inteligência artificial para criar novas formas de vida e entender melhor o potencial da regeneração celular.

Referência: 

https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1910837117