Criado por Anchieta Acacio
2024-01-05 08:36:23
A inteligência artificial (IA) é uma das áreas mais promissoras e desafiadoras da ciência e da tecnologia. Com o avanço dos modelos de aprendizado profundo, a IA tem demonstrado capacidades impressionantes em diversas tarefas, como compreensão de linguagem natural, geração de texto, reconhecimento de imagem, síntese de voz, programação e muito mais.
No entanto, a maioria dos modelos de IA existentes são especializados em um domínio específico e têm dificuldade em lidar com informações multimodais, ou seja, que envolvem diferentes tipos de dados, como texto, imagem, vídeo, áudio e código. Além disso, muitos modelos de IA ainda dependem de grandes quantidades de dados rotulados e de técnicas de ajuste fino para se adaptarem a novas tarefas e cenários.
Para superar essas limitações e criar uma IA mais geral e versátil, o Google lançou o Gemini, seu modelo mais avançado e hábil até o momento. O Gemini é um modelo multimodal, capaz de organizar, compreender, operar e combinar diferentes tipos de informação, incluindo comandos enviados por textos, imagens, vídeos, áudios ou códigos.
O Gemini é baseado em uma arquitetura de rede neural de atenção, que permite ao modelo aprender a focar nas partes mais relevantes dos dados de entrada e de saída. O modelo também usa uma técnica chamada de aprendizado auto-supervisionado, que permite ao modelo aprender a partir de dados não rotulados, usando apenas a estrutura e a consistência dos próprios dados como guia.
O Gemini foi testado em uma ampla variedade de tarefas, superando 30 dos 32 pontos das referências acadêmicas amplamente utilizadas na pesquisa e no desenvolvimento de grandes modelos de linguagem. O Gemini também superou o desempenho humano em alguns benchmarks, como o MMLU (Massive Multitask Language Understanding), que avalia a capacidade do modelo de responder a questões de 57 disciplinas diferentes, incluindo ciências, humanidades e outros.
O Gemini também se destacou em tarefas multimodais, como o MMMU (Multi-Modality Massive Understanding), que envolve problemas de raciocínio de nível universitário que combinam texto e imagem, e o Natural2Code, que requer a geração de código Python a partir de descrições naturais.
O Gemini é o primeiro modelo da era Gemini, que representa um dos maiores esforços científicos e de engenharia do Google. O modelo foi desenvolvido em colaboração com o Google DeepMind, a divisão de pesquisa em IA do Google, que foi formada no início de 2023.
O Google pretende tornar o Gemini acessível e útil para todas as pessoas, em qualquer lugar do mundo. Para isso, o Google disponibilizou o Gemini em diferentes tamanhos: Ultra, Pro e Nano. Cada um desses tamanhos tem um equilíbrio diferente entre capacidade, velocidade e custo, permitindo que o modelo seja usado em diversos dispositivos e aplicações.
O Gemini também está integrado aos produtos e serviços do Google, como o Google Assistente, o Google Fotos, o Google Tradutor, o Google Cloud e o Android. O Google também oferece ferramentas e infraestrutura para que desenvolvedores, startups e empresas possam criar suas próprias aplicações generativas de IA usando o Gemini.
O Gemini é um passo importante na jornada do Google para criar uma IA responsável e benéfica para a humanidade. O Google segue seus Princípios de IA, que orientam o desenvolvimento e o uso da IA de acordo com valores éticos e sociais. O Google também trabalha em colaboração com governos, especialistas e organizações para enfrentar os desafios e os riscos da IA, como a privacidade, a segurança, a equidade e a sustentabilidade.
O Gemini é uma demonstração do potencial da IA para criar oportunidades, inovação e progresso para as pessoas e para a sociedade. Com o Gemini, o Google espera contribuir para a realização da visão de uma IA que possa aprender de forma contínua, autônoma e multimodal, e que possa resolver problemas complexos e diversos em diferentes domínios e cenários.
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